sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Garota da Rua à Direita pt. 1

por Lely Finnegan

Todos os dias, como um ritual, ela passava em meu portão pontualmente às 16h30min, sempre bem arrumada e tão cheirosa que o aroma de seu perfume invadia meu quintal como que procurasse minhas narinas escondidas atrás dos arbustos assim como todo o resto do meu corpo.
Eu nunca fui de fazer serviços domésticos, sempre detestei isso, mas depois que percebi que aquela garota sempre passava por ali todos os dias pontualmente, eu comecei a inventar desculpas para estar no quintal naquele horário.
As primeiras desculpas foram idiotas como: “Preciso ver se o portão permanece fechado.” Lógico que ele permanecia fechado, eu morava sozinho, portanto não havia mais ninguém que pudesse abri-lo. Depois resolvi que lavaria o quintal naquele horário, mas não deu certo, pois era muito exaustivo e o desperdício de água era bem grande. Eis que então tive uma idéia mais simples, porém eficiente: resolvi que todos os dias às 16h30min eu regaria as plantas e os arbustos do jardim.
É exatamente por isto que eu sempre me encontrava atrás de um arbusto quando aquela bela visão passava pela minha calçada e por este mesmo motivo dificilmente ela me via ali parado quase que de boca aberta ao ver sua imagem.
Ao lado de minha casa morava um amigo meu de infância, seu nome era Pedro e, assim como eu já morava sozinho, ou melhor, com a atual namorada maluca... Certo dia, estávamos conversando sentados na varanda de minha casa e então ela passou, de repente eu fiquei mudo e paralisado, apenas para assisti-la passar novamente.
Pedro que de bobo não tem nada, logo percebeu meu gesto e se manifestou dizendo que eu não devia criar fantasias com a moça, pois ela era comprometida e seu namorado era um policial corrupto que não media forças para defender território.
Aquilo não me assustou, mas confesso que comecei a olhar para os lados antes de acompanhá-la com os olhos. Ainda naquela conversa, Pedro me disse que ela se chamava Maya e morava na rua à direita da nossa, numa casa de arquitetura nova e de cor azul marinho.
Maya... Aquele nome ficou na minha cabeça por dias... E sempre antes de dormir eu me lembrava do momento que ela passou pela primeira vez na minha frente: Pele branca como neve, cabelos lisos, castanhos que batiam na cintura, olhos verdes feito esmeraldas, sobrancelhas grossas, porém bem feitas, nariz fino e empinado, boca pequena e carnuda, corpo magro, cintura definida, seios médios, bunda grande e aparentemente firme, coxas torneadas e pernas longas, ela devia medir 1m,70cm aproximadamente.
Simplesmente tudo em Maya me seduzia e o perigo de tê-la simplesmente me excitava inexplicavelmente.

( Continua )

Autora: Lely Finnegan
Créditos: Lemon - por ajudar na escolha dos nomes dos personagens acima.
Agradecimento especial: Rafael Amorim - por ceder o blog para esta postagem.

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