domingo, 17 de abril de 2011

Born This... Libertad?

Que Lady Gaga revolucionou com o single Born This Way isso é inegável. Música que leva o mesmo nome do segundo albúm da excêntrica, fala sobre as diferenças com as quais convivemos. Como trata-se de Gaga, homossexualidade na certa hein?

O fato é que eu, não sei quanto a vocês, adoro esse tipo de músicas. Músicas que libertam. E ultimamente parece que elas têm invadido nossas casas, nossos eletrônicos, nossos usb's, nossas baladas. Não que eu tenha ido à muitas, mas não é preciso ser o cara mais descolado do mundo (que de fato eu estou longe de ser) e frequentar baladas para ouvir esse tipo de músicas. Basta ligar o rádio, a tv, usar tweet, itunes e entender um pouco de inglês (para entender as letras, porque certos clipes não ajudam em nada) .
 
Exemplos bons? Têm aos montes:

 Born This Way da Gaga (2011) foi O manifesto, letra linda, coreografia impecável como os outros singles, mas o que seria esse clipe? No mínimo deveria ter uma história mais construtiva, um melhor conceito ao invés de a história do nascimento de uma nova raça, que nao tem como ambição dominar ou destruir a vida, e sim criar unidade e inspiração a cada momento como a própria LG disse.
I'm beautiful in my way 'cause god makes no mistakes I'm on the right track baby I was born this way // Eu sou linda do meu jeito Pois Deus não erra Eu estou no caminho certo, baby Eu nasci assim

Libertad (2011) da Anahí com o Christian Chavez entrou nessa lista e ganhou o título da postagem. Comparar hoje Anahí e Christian com o antigo grupo RBD parece bastante impossível, em vista do que seja a letra de Libertad. O nome é auto-explicativo, e tenho certeza que um dos maiores motivos foi o episódio Nárnia (saindo do armário) do Christian. Não tenho muito gosto para músicas mexicanas, mas Libertad não é apenas uma música. É um grito para a sociedade.

solo quiero libertad Deja atrás el disfraz, Quema ya el antifaz. Tu destino es vivir, Y sentir dejando de fingir // Eu só quero liberdade Deixe para trás o disfarce, Queime a sua mascara, teu destino é viver E sentir deixando de fingir.

Firework (2010) da Katy Perry é sem dúvida a que mais grita por igualdade. Não apenas homossexualidade é tratada no clipe e na letra da música, mas obesidade, doenças e problemas de família. Katy, que tem se destacado recentemente, sugere e arrisco a dizer que acerta em dizer que somos fogos de artifícios que valem a pena sim serem vistos.

Cause baby you're a firework Come on show 'em what you're worth Make 'em go "Ah, ah, ah!" As you shoot across the sky "Ah, ah!" // Porque baby, você é um fogo de artifício Vá em frente, mostre o que você vale Faça-os fazer "Ah, ah, ah!" Enquanto você é atirado pelo céu "Ah, ah!"


P!nk também se superou ao compor Raise Your Glass (2011), e a literalmente brindar ao sucesso. A música não perde o tom de cômico que é marca registrada da cantora,mas mesmo assim consegue passar a mensagem de que não importa o quanto você seja estranho, barulhento, diferente...você será sempre você. Independente de qualquer coisa.

We will never be never be anything but loud And nitty gritty dirty little freaks Won't you come on and come on and raise your glass // Nunca seremos, nunca seremos nada além de barulhentos E pequenas aberrações sujas, piolhentas e sebosas Você não vai vir e vir e erguer seu copo.

Believe (1998) da Cher parece não ter muito a ver com o tema diferenças, e de fato não tem muito. Lembro que desde pequeno, sempre que eu ouvia-a sentia aquela vontade de sair por ai dançando. Efeito dessas músicas que libertam. E quem melhor que a Cher para fazer isso?

Do you believe in life after love? I can feel something inside me say I really don't think you're strong enough, no // Você acredita na vida depois do amor? Eu sinto algo dentro de mim dizer Que eu não acho que você é forte de verdade, não.

Um dos primeiros beijos gays na tv que vi foi com Beautiful (2002) da Christina Aguilera e lembro que ficava chocado com aquilo. A música se trata de exatamente isso: Não importa o quanto as pessoas (como eu um dia) ache essas diferenças entranhas, você é bonita(a) de todas as formas. Com cenas de Bulling, anorexia e homossexualidade o clipe consegue passar a mesma mensagem de que não precisamos nos assustar com esse tipo de diferenças, as pessoas são bonitas. Do modo delas. Não do que nós queríamos.


You are beautiful no matter what they say Words can't bring you down // Você é bonita não importa o que eles dizem Palavras não vão te fazer cair.

Uma das mais velhas da lista, Dancin Queen (1976) do grupo ABBA foi eleita a letra mas gay dentre cinquenta outras escolhidas mundialmente. Embora eu não tenha nascido nessa época, há registros, na minha própria casa também, de que essa música era a nossa Firework de hoje. Mesmo com o estereótipo de Dança da Rainha, a música prova que pode ser antiga, mas que liberta e liberta de uma forma que você realmente, independente do sexo, se sente a Queen.

Young and sweet, only seventeen Dancing Queen Feel the beat from the tambourine Oh Yeah! // Jovem e doce, apenas dezessete anos Rainha da Dança Sinta a batida do tamborim, oh sim!
I Will Survive (1970) da Gloria Gaynor para terminar. Precisa comentar? Glória Gaynor, é Glória Gaynor.

For as long as I know how to love  I know I'll stay alive, I've got all my life to live;  I've got all my love to give, And I'll survive, I will survive, Hey, Hey // Enquanto eu souber como amar, Eu sei que permanecerei viva. Eu tenho minha vida toda para viver, Eu tenho meu amor todo para dar e Eu vou sobreviver, eu vou sobreviver... Hey, hey


Ou seja, o que conclui-se é que independente de qualquer época, qualquer outros hábitos, sempre terão pessoas que esperaram por lançamentos de músicas assim. De músicas que libertam. De músicas com ritmo e letra ao mesmo tempo. De músicas de verdade.

Rafael Amorim

Nenhum comentário: