sexta-feira, 22 de abril de 2011

Feliz dia do Livro !

Que título mais clichê para postagem. Mas tudo bem, de qualquer forma, internacionalmente falando; hoje é o dia do livro. Parabéns livros! Ou parabéns a todas as pessoas que descobriram que com um livro elas podem ser muito mais felizes? Isso é um fato: ter um livro nas mãos é mais construtivo e seguro também do que ter uma arma. As pessoas dizem que hoje em dia ninguém mais liga para livros, que todos lêem no computador, que querem saber apenas da tal da Internet. Eu discordo em gênero, número e grau, obrigado. Conheço pessoas que preferem livros à computadores. Talvez seja esse o meu caso. Não serei hipócrita o suficiente para dizer que sei viver sem computador, porque sei, mas só de pensar a ideia me assusta. Mas o que supre essa ausência de meios digitais geralmente é um bom livro. Não há nada que se compare à uma capa bem feita, ao cheiro das páginas - novas ou velhas - , ao sentimento que cada ação descrita, cada pequena palavra transmite. Incomparável. Lembro que comecei a me interessar por livros quando tinha meus nove anos de idade, e ironicamente sem medo de parecer clichê, foi com o primeiro volume de Harry Potter. A magia mudou minha vida. Não apenas a magia descrita nas páginas, mas a magia de ter algo concreto em mãos, algo que me transportasse por outro mundo. Um mundo completamente meu. Após isso passei a ler outros títulos, alguns me recordo com facilidade: As Múltiplas Vidas do Dr.Gaspar, Newton, As Pedras Não Morrem, Rua do Medo, Coisas Que Todo Garoto Deve Saber, Antes Que o Mundo Acabe, Ana e Pedro: Cartas, Vitorio;o Vampiro, Dracula de Bram Stroker, O Terceiro Travesseiro, Crepúsculo, As Brumas de Avalon... E tenho orgulho de dizer que todos, sim, TODOS esses volumes me ajudaram muito em muita coisa. Seja em um sentimento que eu estava precisando em alguma hora, ou em piadas que eu precisava ler, ou simplesmente em uma única frase que eu precisava para descobrir que posso ver o pôr-do-sol quarenta e três vezes do asteróide B-612 quando fico triste. E me transportar para a vida de outra pessoa, uma vez que em certos momentos a minha não era tão boa como eu esperava. São sentimentos e sensações inigualáveis. Existem aqueles dias em que você prefere não sair de casa para ler, passar a madrugada num único fôlego lendo aquele volume (o meu exemplo disso foi com Anjos e Demônios do Dan Brown). Viagens de ônibus nunca foram tão eletrizantes e divertidas quando se tem um Anne Rice ou um Cecily von Ziegesar no colo. Hoje não tenho tanta fascinação por eles como aos dez anos, o que não significa que não tenha maior apreço. Ainda o tenho. É que apenas naquele tempo eu podia passar tardes inteiras lendo um bom título, ir dormir de madrugada com medo de parar a leitura, e hoje o único fator que me impede de continuar com isso chama-se Crescer. Ainda fico maravilhado em livrarias e sebos, ainda compro títulos só pela curiosidade que a capa me desperta, ainda sonho em ter em minha casa uma estante cheia deles, e o mais importante: ainda me pego devorando histórias que não são minhas. Entrando em vidas sem permissão. Para todos aqueles que também fazem isso, que se refugiam entre linhas e palavras, que entram em outras vidas sem bater, um ótimo dia do livro.

Um comentário:

Irlandês disse...

Parabéns pela postagem! Belíssimo texto ^^