terça-feira, 12 de abril de 2011

Parabéns Pai!


Hoje, dia 12 de abril de 2011 alguém que eu amo muito está comemorando mais um ano de vida. Não é preciso dizer quem, é? Assim como seria indispensável dizer o quanto eu sou grato por esse homem. Senhor José Reinaldo. Um homem baixinho, brincalhão e de temperamento explossivo ao mesmo tempo. Deus, como o tempo passou rápido. Tão rápido que eu nem mesmo sei o que escrever muito aqui. Hoje pela manhã liguei para ele e disse: mesmo que eu fale palavras bonitas não conseguiria dizer tudo o que tenho pra dizer. O que é a mais pura verdade. Passamos por tantas coisas. Tantos momentos, tantos sentimentos entre nós, que é impossível, pelo menos para mim, falar exatamente tudo o que eu quero dizer. Eu sou o maior fã desse homem, sim sou. Mas houve um tempo em que eu não pensava assim. Houve um tempo, não muito distante, em que a convivência entre nós era insuportável. Era um tentando ser melhor que o outro. Era um falando o que era certo e errado para o outro. E ninguém dava o braço a torcer. Porque disso? Porque desse comportamento se quando eu tinha onze anos era tudo perfeito? Nos dávamos bem, riamos das mesmas coisas, íamos no cinema, conversávamos sobre coisas que nem sempre eram em comum entre nós, mas mesmo assim fazíamos. Eu consegui chegar a conclusão de que tudo se resume a uma palavra: TEMPO. O tempo mostra quem realmente somos. Nos modela de acordo com aquilo que seremos. E eu sei que, mesmo estando errado algumas vezes, quando eu via que a minha modelagem convergia exatamente para que eu me tornasse alguém como o meu pai eu não aceitava. Eu não aceitava ser tão igual a uma pessoa que eu tanto amo. Na minha cabeça era difícil de aceitar que eu possuía e ainda possuo traços do meu herói, mesmo eu não querendo admitir. Sim, sou exatamente igual a esse homem. Sou explossivo em certos momentos, como ele. E ele talvez mais que qualquer outra pessoa sabe disso. As nossas diferenças são notáveis também. Doeu ver a dor em seus olhos ao saber que eu não era aquilo que ele sempre quis que eu fosse. Mas maior que a dor, foi a felicidade ao ouvir da boca dele as seguintes palavras: Independente de qualquer coisa, de qualquer escolha, você é meu filho. E eu te amo.
Sim pai, eu também te amo. Te disse isso na última vez que nos vimos e você ficou meio surpreso, deu para perceber. Não há nada nesse mundo que vá me fazer deixar de acreditar que você é e sempre será o meu maior herói. O meu melhor espelho. E o meu melhor amigo.






um poema que eu escrevi há anos para você. Acredito que não tenha sido exatamente para você, mas para a nossa relação. Eu te amo, espero que goste.


Coisas que odeio em você


Odeio quando você está super certo e quanto erra também
Odeio quando age feito eu e tenta me superar
Odeio o modo que me castiga e o modo como me faz chorar.
Odeio quando não ouve o que digo quando você mente.
Odeio seus modos de pensamentos e odeio ver sua tentativa de reaproximar a gente.
Odeio suas desculpas esfarrapadas e todo o seu teatrinho infantil
Odeio ver que você pouco me entende e perceber que nossa amizade se esvaiu.
Odeio mais ainda como você age na frente dos seus amigos, esperando que eu os agrade
Odeio todo o seu jeito de ser e a sua pouca força de vontade.
Odeio sua profunda sinceridade e as vezes o modo como você me faz rir
Odeio bastante a hora de te dividir.
Odeio principalmente não conseguir mais motivos para só te odiar,
mesmo que eu os procure,por mais que eu os encontre,
Não consigo odiar o fato de eu não te odiar.

Rafael Amorim

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