segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fernandes


Eu gosto quando você fala do seu passado em outro país,
e como consegue falar também do seu futuro lá, me encaixando perfeitamente nos seus planos.
Eu gosto daquilo que você idealiza para os nossos futuros finais de semana, e eu gosto quando seus olhos brilham só de pensar em como eles serão.
Gosto também como você me faz ceder com palavras e por conta dessas palavras me deixa sem ação, sem palavras, emitindo sons estranhos e longos pela boca como suspiros.
É estúpido o modo como falo contigo no telefone sem me conter, sem conter minha felicidade. As pessoas ao redor até olham e já pensam: esse ai, ah ele é doente de amor. Mas eu gosto.
Eu gosto de acordar com você do meu lado e ir para minha casa com seu cheiro em mim ainda. Gosto muito disso. Gosto também do jeito como você me acorda nas manhãs de domingo e como não liga para a minha cara amassada e o meu tom de voz matinal. Gosto como me olha.
Gosto muito do que eu me torno ao seu lado, uma outra pessoa sem deixar de ser eu mesmo, sem deixar de lado a autenticidade das palavras que digo. E da forma que o mundo ao meu redor parece mudar, parece ser tão bom quanto queríamos, parece ser feito desse sentimento de gostar, o tal do amor.
Amar é tão diferente de gostar assim? Se eu substituísse o verbo que se repetiu aqui pelo amar, mudaria o sentido?
Gostar de te amar é diferente de amar gostar de você?

"Na vida... Gosto de caminhar.
Visito meus sonhos mais distintos
burlando as regras da distância.
Tocando cada sentido que você me desperta
Provando cada gota de paz que de você emana.
Porque nada se compara ao teu olhar
Mesmo que contido, o mais lindo labirinto
distribuído em versos, cânticos melancólicos
gritos desérticos e passos alcoólicos.
Porque assim é você pra mim."


Fernandes é um texto bobinho, narrado simples e com o final de outro texto. Foi só para fechar o dia com um pensamento que eu sinto e um sentimento que eu insisto em pensar sempre: o amor.

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