segunda-feira, 18 de julho de 2011

A jornada chega ao fim.

A semana se inicia com as lembranças de muitas lágrimas durante o final de semana. Quinta, Sexta, Sábado e Domingo. Quatro dias de pura ansiedade, dor, euforia, amor. Como disse meu pai: Finalmente acabaram os filmes do Harry Potter. É sim, acabou. O ciclo foi fechado.

A quinta-feira foi tensa, foi criada toda uma pré-estreia para nós, fãs. Comeríamos no shopping, dormiriamos por lá até amanhecer e partir para as outras sessões. Já na fila, um pouco antes da meia-noite um mal-estar me acarretou. Aquele aperto no peito me fez procurar um canto e sentar. A emoção começava a aflorar. Olhar para todos aqueles fãs caracterizados como no filme, dentre eles alguns amigos. E lembrar que estávamos todos ligados, alguns namorando, por um único sentimento: devoção a saga que terminava ali naquela noite.

Antes mesmo do filme começar meu coração já estava em júbilo. Era felicidade que não cabia em mim mesmo. Mas no fundo sabia que quando chegasse as cenas mais esperadas choraria. E choraria muito mais quando a tela ficasse escura e o show acabasse. Para sempre. E rapidamente éramos introduzidos nas primeiras cenas para que antes mesmo de percebermos entrarmos na adrenalina da sequencia.

As cenas foram chegando até a gente, ouvia-se choros de todos os lados, sinais de tremedeira, gritinhos eufóricos. Era tudo muito bom que esqueciamos até de que éramos fãs e precisávamos criticar as cenas que cortaram. Estava perfeito. Trilha sonora, atuações, enredo, cenários, produção. Parecia que David Yates havia realmente acertado.

As mortes chegaram igualmente sem esperarmos. Dolorosas como se fosse de entes nossos. Foi terrível e arrebatador. Vibravamos nas merecidas mortes mas acabava que nas outras entravamos em desespero. O luto tomava conta de todos nós. A guerra mostrava que não costuma distinguir bem ou mal, fraco ou forte. Poeira, destroços, sangue... tudo isso envolviam nossos inimigos, mas principalmente nossos heróis.

Foi um filme rápido. Não sei se para o bem ou o mal. Talvez na medida exata. Então, a tela ficou negra. Os créditos começaram a subir. Todos aplaudiram. O cinema vibrou. O sentimento começava a sair pelos olhos de todos em forma de lágrimas. Foram abraços apertados, choros de soluçar. A dor estampada no rosto de todos. Agora não era fácil lembrar que estávamos ali porque amávamos a mesma coisa. E quando lembravamos disso, a dor era maior. Acabou. Era feliz, sim. A conclusão de uma jornada épica que marcou toda uma geração. O único problema é que não estávamos preparados. Nunca estive preparado para esse fim.



E duvido muito que algum dia eu esteja.

2 comentários:

Bruno Bhittencourt disse...

Nunca se está preparado para a finalização de um sonho...

Jane C. disse...

Eu passei um tempão me preparando para o fim.E quando ele chegou,percebi que eu nunca estive preparada.
Quando terminou,abracei os dois amigos que estavamo do meu lado,os três chorando.E demorei algum tempo para conseguir me levantar da cadeira. Porque isso significaria que sim,a sessão tinha terminado.O fim tinha chegado.
Quando finalmente me levantei,foi para abraçar uma amiga.E chorei,chorei,chorei...Eu "corva",abraçada à minha amiga "lufa",chorando como não chorava há tempos,porque esse fim significa tanta coisa boa,e tanta coisa triste também...
Não há como explicar o sentimento.
Só sei que é muito,muito estranho o agora.
Eu também nunca vou estar preparada.