quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO ganha continuação.

     Todas As Coisas Mais Simples é a continuação em formato longa de Eu Não Quero Voltar Sozinho, curta metragem do diretor Daniel Ribeiro.


Não tem Brokeback Mountain certo, nós brasileiros já ganhamos espaço dentro de uma área no cinema em que até um tempo era inexplorada. A temática gay. E a cada dia que passa somos responsáveis por boas produções, excelentes roteiros e atores maravilhosos. 

Se por um lado, as telenovelas se privam de exibir o tão polêmico beijo gay, no cinema ele não tem sido requisitado com tanta necessidade. O cinema brasileiro tem outros meios de abordar essa temática sem precisar apelar para os estereótipos ou fazer polêmica sobre o beijo. Pelo menos é o que mostra o diretor Daniel Ribeiro. 

Quem não se lembra de seu curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, lançado em 2010? A história de Léo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego que conta com a ajuda de Gil (Tess Amorim) para enfrentar as dificuldades que cercam um deficiente visual. Em meio a isso, surge Gabriel (Fábio Audi), que mesmo sem ser visto por Léo, desperta nele um forte sentimento após se tornarem amigos. É um roteiro forte, mas um curta simples. A história do curta não aborda preconceitos ou o aclamado beijo gay, mas Daniel Ribeiro teceu uma trama onde a maior dificuldade do protagonista é ser cego. E se descobrir gay torna a coisa toda ainda mais desesperadora no universo de Léo. 

Em Dezembro de 2012, foi anunciado via twitter do diretor que o longa metragem a partir do curta estava em pré produção. E no último dia 8, graças às redes sociais dos atores, fotos dos primeiros dias de filmagens foram disponibilizadas. Todas As Coisas Mais Simples ao que tudo indica, dá continuidade de onde o curta pára. A relação de amizade entre o trio se torna muito forte e intensa, mas Giovana não consegue mais esconder o que sente pelo amigo, já Léo se vê em conflito por gostar de Gabriel e sem poder contar para a própria melhor amiga. 


A expectativa é grande! Não só da minha parte, mas da maioria de fãs que o curta metragem arrebatou pelo Brasil. Não é por menos, o mesmo foi indicado a dezenas de prêmios cinematográficos por todo o país, incluindo o de melhor filme, melhor curta metragem, melhor ator, melhor atriz, melhor direção, melhor trilha sonora, melhor roteiro, melhor filme júri popular e por ai a gente se perde. 

O elenco já foi preenchido e a cada foto dá para notar o sucesso das filmagens. Com os atores Eucir de Souza e Lucia Romano nos papéis dos pais de Léo, Daniel Ribeiro mostra que a história será explorada ao máximo e que promete ser um daqueles filmes que mudam a trajetória do cinema. Dessa vez temos uma participação maior de outros estudantes, o que me faz pensar na infinidade de conflitos que uma trama que envolva adolescentes pode trazer. 

Não se sabe muitos outros dados técnicos, como a trilha sonora, mas espera-se que não mude muita coisa na produção do longa, como foi a do curta. E fica aqui a expectativa para mais uma realização de um excelente trabalho. Um filme que dá conta de traduzir as emoções da adolescência e não precise apelar para o beijo entre dois garotos. Um longa que tem como prévia um curta e que não precisou de muito esforço para ser aceito dentro da sociedade. Em suma, uma produção tão digna de todos os prêmios aos quais foi indicada, que sem dúvida a maior premiação de todas foi ganhar uma sequência maior.













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