quinta-feira, 4 de abril de 2013

Trailer Completo de Carrie a Estranha.


Assisti ao trailer mais cedo e não consegui não lembrar dos comentários de fãs da saga Crepúsculo, irritadíssimos com o que o Stephen King disse sobre a saga de vampiros. No bom e velho português, ele deixou a entender que Stephanie Meyer é indigna de qualquer crítica literária. Motivo de sobra para os fãs da autora xingarem muito no Twitter! No meio dos comentários indignados contra o mestre do suspense, presenciei as piores palavras que alguém pode escrever, que iam de "Então explica porque Crepúsculo faz tanto sucesso" até "O nome disso é inveja, o cara não sabe nem onde está o próprio nariz, alguém avisa para esse cara que a saga tem milhões de fãs". 

Não tomando partido na briga chata entre fãs com um possível retardo mental em criticar o King, o trailer de Carrie chega em resposta a qualquer crítica (não que elas sejam críticas consideráveis), mostrando que o romance publicado em 1974 ganhará sua terceira versão no próximo outubro. 

Depois de encarnar uma criança comicamente madura em 500 Dias com Ela, uma vampira em Deixa-me entrar e uma lobisomen em Sombras da Noite, Chloë Moretz, que já está confirmada na sequência sanguinária de Kick Ass, será o novo rosto de Carrie White. Contracenando com Julliane Moore, no papel da mãe religiosamente fundamentalista que reprime a filha por menstruar e querer se interessar por garotos.

Para quem nunca assistiu a nenhuma das versões (o que acho difícil, pois até na Broadway já aconteceu uma adaptação da obra em 1988), o filme pouco se diferencia do livro de Stephen King. Carrie é uma adolescente dócil, reprimida pela mãe conservadora e passa a ser alvo de brincadeiras ofensivas no colégio. A professora Desjardin (nesta versão vivida pela atriz Judy Greer, de De repente 30) é a única em favor de Carrie, protegendo-a da arrogante popular Chris Hargensen (Portia Doubleday, de Rebelde com Causa) O ápice das brincadeiras de Chris com Carrie se dá no baile, onde a garota é levada a seu limite e desencadeia uma verdadeira catástrofe envolvendo seus poderes telecinéticos por toda a cidade.
 
A direção dessa vez fica nas mãos de Kimberly Peirce (do aclamado Meninos Não Choram), seguindo o roteiro de Roberto Aguirre-Sacasa (responsável por roteiros de quadrinhos da Marvel e episódios da série Glee) e produzido por Kevin Misher (de Inimigos Públicos com Johnny Depp). 

Mesmo que saibamos o derradeiro final, com uma equipe desse porte, um elenco com bons nomes e um trailer que enfatiza o lado perturbado de Carrie, será difícil se decepcionar quando estrear nas telonas. 

Um comentário:

BLOG DO PROF. HAROLDO NOBRE LEMOS disse...

Só um retoque. A mãe não é uma "conservadora", é uma puritana fanática mentalmente perturbada. E King reforça isso com a imagem do Cristo crucificado (que será o destino da mãe...de certo modo) que, em condições normais, não deveria sequer existir na casa de uma protestante. Nesse ponto ele mostra que sua loucura chega à "idolatria", da qual acusam (os protestantes fanáticos)os católicos. O resultado dessa salada simbológica foi excepcional, mormente nos anos 1970 quando nascia o neopentecostalismo que hoje tanto nos amola.