sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Nada demais, só rascunho mesmo

Eu queria escrever algo aqui, mas não sai nada. Deve ser o sono ou o fato de eu precisar trabalhar daqui a pouco e ainda estar na casa do Jonas. A gente cresce e acaba perdendo o pique pressascoisas. De todo modo, até vale a pena.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Casa da Íza


Quando pequeno, em minha infância nos anos 90, lembro bem de uma das ordens que minha mãe deixava ao avisar que iríamos visitar alguém: “Não mexe em absolutamente nada e não peça nada pra comer”. E sempre no tom severo que me acostumei à ouvir quando lembro desses fatos. E assim cresci. Contudo, nunca me abalei muito por conta dessa lembrança, nunca chegou a ser um fantasma ou um trauma da infância. O ditado do “magro de ruim” se adéqua muito à mim, costumo dizer que não como muito mas como bem.


Sobre isso, a casa da Iza não é um ambiente o qual eu faça cerimônia dessas lembranças. Muito pelo contrário, soa até ofensivo à família Venas sair daquela casa sem ter comido algo. E eu, como bom menino desde sempre, faço questão de me deliciar com tudo que me é oferecido. Minha mãe ficaria uma fera uns anos atrás, tenho certeza.

Conheci Iza Venas quando cursava o segundo período do meu técnico. Uma morena cor de jambo, cabelos encaracolados demasiadamente cheios, um sorriso de fazer o coração bater mais rápido... em suma, uma pessoa notável não só na rua pelos homens, mas em qualquer lugar que chegue. Elogiá-la é muito fácil e tudo isso eu pude perceber muito rápido com nossa convivência em sala de aula. Através dessa convivência é que pude me sentar à mesa com sua família: nos tornamos muito amigos não só por diversas razões.

Hoje, quando chego na casa da Iza já conheço as regras: sentar-se à mesa e passar a tarde (ou qualquer horário) degustando de um bom papo e uma infinita possibilidade de sabores. Comer um sanduíche, beber café, achocolatado, refrigerante, suco, comer dois tipos de bolos diferentes, salgadinhos, sorvete, salpicão, empadão, morango ao leite... Não importa a ordem ou se vai misturar tudo isso, o objetivo da Família Venas é ver a satisfação do convidado para com sua anfitriã. É simplesmente uma delicia ir à casa da Iza.

Nós conversamos sobre muitas coisas, rimos, falamos sério, compartilhamos momentos e sentimentos, isso torna a visita muito mais agradável. A comida em si é um chamariz para esses deliciosos momentos em companhia da Iza. E não se pode recusar nada, isso sempre esteve muito claro. A não ser que realmente não goste de tal coisa, caso contrário, toda a beleza de tradição da morena se volta numa expressão que intimida o cara mais durão do bairro. Ela é assim, desse jeito, um jeito todo particular.


Casa da Iza é igual casa de vó, e isso é uma das coisas que eu mais aprecio. Ora, tem coisa melhor que ser acolhido numa casa com um astral tão nostálgico e tão maravilhosamente límpido assim? Não tem. Casa de vó tem dessas coisas, parece casa da Iza mesmo. Um lugar tão amável e espiritualmente leve que nem dá vontade de ir embora, a gente quer mesmo é ficar ali naquela cozinha vendo o dia passar. Eu espero que todos tenhamos nossas Casas de Iza por ai, com outros nomes mas com o mesmo efeito que deixa na gente.

o texto carece de fotos minhas na casa e em companhia de Iza.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Apolo


Apolo
(Rafael Amorim)

Eu, farsante em meus movimentos
Medindo-os como quem tem um plano
Parado ali por minutos, meses, anos.
Sentado numa cafeteria, vendo o passar de gente
Sentindo vergonha alheia,
congelando na noite fria.
Com palavras que estão aqui
transbordando pela cabeça cheia.

Eu, ser falso ideológico
chamado por outro nome
Preso numa história,
parado, perdido
Idealizando melhores momentos
que há muito foram esquecidos.
Me sentindo pesado e só,
distante de quem disse que
seria um nó
qualquer destino diferente desde aqui,
porque nada teria sentido
nada teria fim.

E rompe, machuca, volta a sangrar
Uma ferida com os nós desfeitos
exposta em pleno domingo,
aberta em meu peito
Fede à saudade, custa a estancar
O ciclo dominical não termina,
não faz menção de parar
A massa de gente vai e volta
Dispersa, sem sequer imaginar
que a cada dia morro um pouco
nas mãos da memória que vem me abraçar.

Me junto à essa massa
e morro num canto qualquer
Desfaleço aqui, no ônibus, nom trem ou a pé.
Em meio a multidão permaneço sendo um só
Fisgado pela mente que insiste em lembrar
que cada um tem sua dor
mas só a minha custa passar.


Um poeminha escrito no ápice da melancolia de domingo, antes de entrar no cinema. Engraçado como a gente pode ser quem quiser, principalmente no Starbucks. Me tornei Apolo novamente, nome que usava como pseudônimo para assinar poemas e redações na época do ginásio. Ele veio à tona enquanto estava na fila para pegar meu Chay gelado.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A Menina Que Roubava Livros, a expectativa para o filme

Só quem já leu o livro A Menina Que Roubava Livros vai entender toda a ansiedade que passou a envolver os fãs desde que foi lançado, em 2005. A ansiedade tem valido à pena: as filmagens do longa baseado na obra de Markus Zusak já foram finalizadas em Berlim. Além de ter elenco definido, já foram divulgadas algumas fotos dos sets. A estreia será em Novembro, nos EUA e com previsão para 2014 aqui no Brasil. A Menina Que Roubava Livros conta com a direção do britânico Brian Percival (da série Downton Abbey) E o elenco é encabeçado pela carismática Sophie Nélisse no papel da personagem que dá título à obra. Além de contar com Geoffrey Rush (de Piratas do Caribe e indicado a melhor ator coadjuvante em O Discurso do Rei) e Emily Watson (estrela de Ondas do Destino, de Lars Von Trier, e do aclamado Cavalo de Guerra) como os pais adotivos da protagonista.

Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade (ou a vontade) de ler A Menina Que Roubava Livros, me arrisco a fazer um breve resumo na esperança de que antes de assistirem ao filme possam ter o livro em suas estantes. A narrativa da história é dada pela Morte, que durante a Segunda Guerra Mundial encontra a jovem Liesel Meminger numa estação de trem ao ver seu irmão mais novo ser enterrado. O manual do coveiro é o primeiro livro que a protagonista rouba antes de ser entregue na charmosa Rua Himmel para um casal com melhores condições de criar a garota. Durante os quatro anos morando com a nova família, Liesel conhece Rudy (um dos personagens muitos personagens que envolvem os leitores) e com Max, um judeu a quem a família adotiva acolhe em seu porão. Ao todo, a Morte tem três encontros com Liesel durante a narrativa, e a última é sem dúvida a derradeira e mais emocionante de todas, fechando assim, um dos livros mais bem escritos de todos os tempos.

Em entrevista à Editora Intrínseca (responsável pela publicação em território nacional), Markus Zusak falou sobre a adaptação cinematográfica de seu livro. Disse não ter nenhum tipo de expectativa quando ao longa, o que tem a ver com toda a sua atenção no término de seu novo livro. Contudo, comentou com animação sobre a escolha para o elenco. "Se alguém me dissesse, quando o livro foi negociado para o cinema, que Geoffrey Rush e Emily Watson seriam escolhidos para atuar no filme e que contratariam um grande diretor, eu teria achado graça. Estou muito entusiasmado. Não tinha como contribuir com o roteiro, além de lê-lo e de dar algumas sugestões, mas posso levar algum crédito por Sophie Nélisse, a atriz que interpretará Liesel. Eu a vi no filme Monsieur Lazhar e pensei: “Ela seria uma ótima Liesel.” E quando a sugeri aos produtores, eles logo a procuraram e ela acabou conseguindo o papel. Tenho certeza de que Nélisse se transformará completamente em Liesel e a tornará maravilhosa." Tal entusiasmo foi complementado com as quatro considerações que o autor fez em seu tumblr após o término das filmagens.

1 - O elenco foi brilhante.
2 - Michael Petroni deu tudo de si no roteiro, que foi escrito com o amor e a coragem necessários para tomar as decisões difíceis.
3 - A Himmel Street realmente é a cara da Europa; tem a aparência e a sensação exatas.
4 - Briam Percival é claramente o diretor mais amado do mundo.







sábado, 3 de agosto de 2013

Scooby-Doo e o Apocalipse Zumbi


                         


Passei tardes e mais tardes assistindo aos desenhos do Scooby-Doo, vendo a Mistérios S/A combater todo o tipo de criaturas. Mais tarde pude assistir à dois filmes com atores de carne e osso dando vida aos personagens, estrelados por nomes como Freddie Prinze Jr. e Sarah Michelle-Gellar. O que nunca imaginei que veria (ingenuidade a minha, claro) era a turma do Scooby ambientada num universo fortemente inspirado pela série The Walking Dead. O responsável por isso é o artista visual de Pittsburg, Jeff Zoet. Responsável pela Direção de Arte e pela Fotografia, Jeff, com o auxilio de uma maquiadora e uma equipe de modelos para viver os personagens principais e os zumbis, deixou o ensaio com gosto de prévia para uma série que agradaria à todos nós, mostrando que essa zombiemania está longe de acabar.