segunda-feira, 21 de março de 2011

O Caneta indica.



Então, vamos bancar o crítico de cinema e falar bem (ou nem tanto) de algum filme. Depois de muito sortear, o felizardo foi o polêmico Bruna Surfistinha, que de polêmico não tem muita coisa. Fui ao cinema ontem (muito bem acompanhado, diga-se de passagem) para poder ver de perto isso. Nada que eu não esperasse de um filme brasileiro.
A história é a mesma que todos sabem: Raquel foge de casa (por sabe-se lá quais motivos) e decide que quer subir na vida sendo garota de programa. Simples! Só que ela não contava com cada cliente que apareceu. Fiquei imaginando como ela aguentou tanto, não é? Claro, muitas das vezes com ajuda de drogas e etc, mas mesmo assim, é meio surreal de se acreditar. Sabe de uma coisa? Descobri que posso ganhar dinheiro com uma coisa que faço de graça. Haha, brincadeiras e preconceitos a parte, achei um ótimo filme. Tudo bem que têm cenas de sexo desnecessárias, mas acho que se não fosse assim não passaria a veracidade que passou.
Déborah Secco fez o papel com unhas e dentes (e seios a mostra), pegando pesado na atuação. As vezes eu realmente via uma menina de dezessete anos na história e em outras partes eu acreditava que aquilo estava acontecendo com ela. Atuação fantástica, pelo menos eu achei. Isso mostra o quanto alguns atores evoluem. O Cássio Gabus Mendes também foi um show a parte, lógico. No papel de Hudson, o que me deixou em dúvida se foi ele na vida real com quem ela largou a prostituição e se juntou numa vida amorosa. Sem contar que a trilha sonora é outra coisa que me deixou muito satisfeito. Um dos destaques do álbum é a música "Fake Plastic Trees" da banda Radiohead, que só autorizou a inclusão da canção após assistir ao filme. Tem algo melhor que Radiohead na trilha sonora? E ainda tem Keep Your Hands In do André Lucarelli, Sunshine Girl da cantora Céu e até Copo de Vinho daquele Robinho da Prata. Do Rock'n Roll até o batidão, galera ! Ha! Eu particularmente gostei. Fotografia, direção, atuação, tudo perfeito. Só não gostei muito dos cortes que acontecem de uma cena para outra, ficou um pouco sem sentido, mas não sou o José Wilker, sou ?
Resumindo tudo? Vá ao cinema e veja, acho que é diferente para cada uma. Você pode ter uma visão diferente da minha. Pode adorar, pode simplesmente gostar, pode achar apelativo, pode odiar, pode torcer o nariz. Mas é inegável que Marcus Baldini fez um excelente trabalho.


Rafael Amorim.

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